sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Numa luta pela sobrevivência, sinto o tempo que me rasga e corre pelas veias… Encontro-me viva mas ao mesmo tempo vou morrendo entre memórias e recordações que trazem ao de cima a agonia de dolorosas marcas tatuadas a ferro quente na minha alma…
Sem dó nem piedade, sinto as minhas mãos a escorregar do cimo da montanha e ao olhar para baixo, vejo um sorriso que se fecha cada vez mais acabando por desaparecer desfazendo-se em lágrimas…
Sozinha, estou sozinha… A minha alma, é agora preenchida por tudo o que restou e gelou todo o meu interior, apenas foram deixadas mentiras e omissões… Num momento de cansaço e fracasso adormeço, num momento dominado pelo medo acordo para um mundo onde reina a escuridão e o grito das trevas tenta-me embalar e seduzir…
Tenho os meus olhos a transformarem-se em chamas ardentes de raiva porque a única coisa que conseguem ver é um mundo doentio, um mundo habitado por seres humanos despidos de alma e coração…
Humanos, é assim que somos designados… Mas que criaturas somos nós afinal? Que sangue ou veneno nos corre nas veias? Que amor ou ódio habita no nosso coração?

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