terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ricas férias... Meu querido mês de Agosto...

Agosto já se acabou, Setembro ainda mal começou e o mau tempo já começa a dar um ar da sua graça…
Alguns chuviscos trazidos pelo vento, música suave, o aconchego do meu quarto e muita saudade do que vivi este verão, ingredientes mais que necessários para escrever palavras doces recheadas de boas recordações e momentos que nunca se repetem de igual modo…
Agosto… Agosto… Agosto… Este ano foi um mês mesmo com muito gosto e cada recordação esboça no meu rosto um sorriso não só de saudade bem como de rebeldia por algumas travessuras saudáveis que deram um toque a este mês (lol)…
Verão, calor, emoções e vontades a flor da pele, rebeldia a querer transparecer, adrenalina a subir e todas as formas de me sentir livre foram aproveitadas… Desde Junho, que os fins-de-semana tinham sempre marcada na agenda ida a um rio que me viu crescer e que muito de mim vai ficando lá de ano para ano… Mas o mais marcante nesse rio este ano, não foram apenas os fins-de-semana habituais mas sim as sete fabulásticas tardes que se passaram lá desde catorze a vinte de Agosto… Nesta semana sim, posso dizer que quis perder completamente a noção dos meus limites e sentir emoções que já não sentia há muito… E perdi tanto a noção que acabei a semana com um corte na palma da mão, um joelho todo esfolado, outro joelho tão negro que até metia dó e um corte no pé!! E como é que eu fiz tanto desastre?! (lol) Fácil!! Com tanto salto aéreo para a água, com tanto salto colectivo e com tanta subida e descida do meu barco tinha que dar nisto!! O engraçado é que só dava conta dos desastres no dia seguinte quando acordava toda partida!! (lol) Certo é que me diverti muito e aquele brutal pedragulho de onde magníficos mergulhos se deram já deixa saudade e fica marcado por um grupo de amigos onde o português, o francês e o inglês se uniram e souberam aproveitar cada momento ao máximo esquecendo os problemas e fazendo da vida uma alegria que nem sempre é possível…
Mas este grupo tão cheio de vontade de não parar, não deixou só rasto pelas águas doces e deu continuidade a brincadeiras espalhando gargalhadas e boa disposição pelas ruas e explanadas de tão grandiosa aldeia de Trás-os-Montes onde todo o grupo tem as suas raízes. E como não podia deixar de ser, esta tão grandiosa aldeia não é excepção e abraçou todos os que quiseram habitá-la por dias ansiando a festa da terrinha que tanto tem para contar… é verdade!!! Não sou adepta de música pimba mas confesso que dancei umas boas músicas e me diverti a grande… (lol) E não, não pensem que já estava quentinha porque eu só bebo água!! (;-P) Por acaso aqueles xots e aquelas vodkas pretas estavam bem fixes!!! Ups!! Eu não experimentei!! Estou só a sopor!! (llooll)
Sim, na verdade há algo mais para contar porque estes dias não são apenas recordados pela boa vida de um grupo altamente fabulástico mas também por momentos especiais que me fizeram sentir especial… Mas sobre estes momentos especiais, já falei na minha última publicação e o desenrolar e os pormenores apenas vão ficar no coração das memórias…
E pronto, para o ano espera-se que haja mais e que tal mistura de idiomas se volte a juntar e que bons momentos se passem novamente. Depois da festa, foi altura de cada um de nós regressar ao seu país ou cidade.
Mas eu não me fico por aqui e ainda tenho mais história para contar… Sim, porque as minhas férias não findaram aqui e rumaram ao sul… O destino era a praia e um lugar que eu sabia que me ia fazer lembrar de muita coisa que já tinha deixado para trás e que fazia parte de um passado recente… É sempre assim, cada vez que todos os anos saio da minha cidade para ir para a praia, já sei que vão ser dias em que as minhas memórias vêm ao de cima e revolucionam toda a minha alma e todas as marcas deixadas por momentos e pessoas…
Este ano, ao deixar o intenso cheiro a marzia percorrer todas as minhas vias respiratórias, senti uma sensação de paz mas ao mesmo tempo de angústia. O barulhento vai e vem das ondas, trazia-me e levava-me sempre as mesmas recordações. E aquele manto salgado que me envolveu quando entrei no mar, fez-me desejar sarar todas as feridas e limpar o meu coração de tudo o que o meu passado o havia sujado…
Pois é, estes três últimos anos estão abarrotados de memórias que tanto me fazem rir como chorar… Três anos de vida académica sem palavras para serem descritos… A única coisa que consigo escrever neste momento é que foram uns dos melhores anos da minha vida e se me dessem oportunidade de os repetir era já. Foram as melhores noitadas da minha vida com pessoas fantásticas que em tudo me ajudaram e que espero nunca perder… Um curso exigente e intenso mas que foi conseguido e segundo confirma o meu certificado, sou Licenciada em Psicologia!! Mas como nem tudo corre como queremos, em contrapartida, estes três últimos anos são também marcados por desilusões… Uma dessas desilusões, perseguiu-me durante meses e lá que doeu isso doeu. Aliás, a palavra doer até é pouco, muito pouco, para definir o que senti e passei durante alguns meses deste último ano…
Mas voltando as ricas férias a beira mar, afirmo que foi uma semaninha muito bem passada na companhia de pessoas que queria ter do meu lado e que tive. Descanso, passeio, praia, boa vida e na companhia de pessoas que valem mais que muito para mim…
Depois de tudo, o fim chegou e a hora do regresso a casa foi inevitável. O conforto do lar também faz falta por mais que se tenham saudades do que ficou com o passar do tempo.
Agora, ficam as memórias, os momentos, os sorrisos, as lágrimas da despedida e a certeza de que tudo foi aproveitado ao máximo e de que cada minuto foi vivido como que se não houvesse amanhã.
É assim que a vida tem que ser, aproveitada ao extremo e viver cada minuto intensamente como que se fosse o último…
Há duas frases que gosto muito e que não me canso de referir:
“Arrepende-te só do que não fazes”
“Os bons momentos nunca se repetem”