terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Felicidade... O que seá eonde estará...

Hoje quis fechar a porta as matérias, aos trabalhos e a tudo o que me fez desejar férias e tranquilidade… Quis abrir a janela da minha alma e deixar divagar os pensamentos que em mim habitam…
Respiro fundo e mergulho bem no fundo do meu ser, provoco uma revolução dentro de mim e faço o turbilhão de emoções percorrer todas as minhas veias, ponho-me a prova perante o mundo, perante pessoas, sentimentos e perante mim própria.
Bem presente está a ideia de que ao longo da minha vida tenho metas a atingir, ainda mais presentes estão os objectivos específicos a curto prazo para ir conquistando e chegar finalmente a meta que qualquer ser humano pretende atingir, a felicidade.
Ao se pronunciar a palavra felicidade, apercebemo-nos do quanto simples é fazê-lo mas muitas das vezes não temos a noção do quanto complexo este termo pode ser nas nossas vidas. Por vezes pergunto-me se a felicidade existe mesmo, ou se existem momentos que apenas nos fazem felizes de vez em quando…
A felicidade é bem mais que bons momentos de gargalhadas e vai muito mais além de grandes aventuras para mais tarde recordar… O verdadeiro sentido da felicidade, talvez seja ser-se criança e ter uma infância entre o mundo das bonecas e os carrinhos, entre educação e ternurentos momentos facultados pelos pais. Talvez o verdadeiro sentido da felicidade esteja em ser-se adolescente e entrar na realidade do mundo que nos rodeia com vontade de melhorar e fazer algo por nós e pelos outros, O verdadeiro sentido da felicidade poderá também ser tornarmo-nos adultos com um objectivo profissional para levar para a frente, termos ao nosso lado um porto seguro onde atracar e que nunca nos vai deixar naufragar o resto da vida. Poderá também o sentido da felicidade estar em ser-se frágil depois de vários anos de labuta e ter a companhia e amor daqueles que ao longo da vida foram sempre a razão de tanto esforço e dedicação.
Talvez a felicidade seja tudo isto, viver o percurso da vida aproveitando cada momento sem o deixar fugir e viver cada minuto com a intensidade de poder ser o último. Poderá estar o segredo da felicidade no acordar para mais um dia, no respirar da nossa alegria, no levantar depois da queda, no sorrir com o passar das lágrimas, no brilhar do sol mesmo em dias de tempestade ou até mesmo no colorir da nossa vida depois de nos terem deixado no escuro…
A felicidade bate, bate dentro de nós como uma força imensa que nos faz querer complementar a nossa vida com carinho, ternura, amizade, amor, tudo o que se sente bem no nosso peito a palpitar e que tanto se quer dar como receber…
E o fundamental de tudo isto, o ser humano… Porque tudo isto só é possível se existirem pessoas na nossa vida que nos façam sentir a razão de viver, que nos mostrem que por mais que nos queiram fazer sentir diferentes é esta diferença que nos torna tão especiais e humanos, pessoas que nos valorizam tal e qual como somos, que se lembram sempre de nós e não apenas quando a vida aperta, enfim, pessoas que merecem toda a nossa alma porque estão sempre lá e nunca nos deixam sozinhos.
Ser-se feliz não é fácil, mas todo o difícil se pode tornar fácil quando se quer muito e quando cada um de nós faz dos medos as próprias vitórias…

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O valor que damos a vida, é o valor que a vida nos dá a nós...

Mais um dia de muitos que fazem parte de mais um ano já bem mais longe do fim… Um dia de rotina tão igual a tantos outros de vida académica…
Entrei no meu espaço protegido, fechei a porta, o mundo ficou lá fora e respirei paz… Aqui sou eu, a minha música, os meus desatinos e todos os pensamentos que só estas quatro paredes absorvem.
De certo que hoje as horas são de melancolia já não sentida há algum tempo… Talvez a justificação esteja num passado novamente remexido ou num último domingo passado num lugar agora calmo e tranquilo onde o único manifesto ouvido é a água a correr…
Passado, passado, passado, morto e enterrado… Ou não!! Quanto mais se quer viver o presente e sonhar com o futuro mais o que ficou para trás se tenta infiltrar novamente numa alegria reconquistada e numa vida agora refeita… Recordações trazidas a pressão e momentos mágicos que não passam agora de truques falhados… Se é passado, significa claramente que já passou e se o amanhã levar tudo o que já passou ficam só os sorrisos de que me lembro e tentam-se esquecer as feridas tatuadas…
Pergunto-me e volto-me a perguntar o porquê de se acordar o que já não existe nem se sente mais… Sim, na verdade já não sinto mais nada para dizer porque o sopro do vento mudou e levou-me para outra direcção que já não aquele lugar onde tudo começou e onde tudo terminou.
Numa mudança repentina para o meu presente, chamo a mim o último domingo onde regressei aquele magnífico quadro agora calmo e sereno… As águas calmas de verão dão agora lugar a sua fúria onde o barulhento correr trazem o colorido de uma imensidão de pessoas e um misto de sensações vividas durante três meses… Sim é verdade, é verdade que este verão dei muito do que realmente sou enchendo a minha vida de excelentes momentos passados com família e amigos fantásticos… Afirmo sem dúvida que já há muito não me sentia tão livre, tão despida de mágoas e tristezas e com tanta vontade de viver e aproveitar cada minuto proporcionado pelos meus dias.
A vida é mesmo assim e não mudará, feita de altos e baixos, caminhos direitos e cruzamentos perigosos, sorrisos gargalhados e lágrimas amargas, momentos que se querem repetir a força toda e outros que se deseja nunca terem acontecido…
Mas a vida vivida, é aquela que por mais impossível que nos pareça de se viver sabe dar a volta e se torna fácil e adaptada, é aquela que é aproveitada a cada segundo sem se deixar para amanhã, é a que nos faz ter garra quando nos limitam, a que nos põe a prova e nos dá gozo conquistar por mérito próprio… A vida vivida, é dar valor a quem nos ama realmente sem reservas, é pensar em nós e nos outros, é não ter medo nem vergonha de palavras ou gestos vindos bem de dentro, é darmos a mão quando nos pedem ajuda, é perceber que o que nos é próximo precisa de nós apenas através de sinais, é sermos felizes com o que temos e o principal é termos orgulho em algo ou alguém que aconteça o que acontecer está sempre lá como eu tenho dos meus dois grandes heróis, meu pai e minha mãe…
Certo é, que amanhã outro dia irá nascer e provavelmente toda esta melancolia será mais suave quase a deixar de existir… Por norma é assim, o que ontem e durante tempos nos abatia, hoje transforma-se em algo que nos fez crescer e que fortalece a nossa armadura para o que vier…
Como complemento de tudo isto, só mesmo o aconchego de peças fundamentais nos momentos em que se parece perder a fé, amigos que depois das lágrimas nos fazem acordar e sentir o coração levantar novamente, que nos entendem, nos orientam e que são capazes de se transcender para nos arrancarem o mais simples sorriso…
O valor que damos a vida, é o valor que a vida nos dá a nós…

domingo, 17 de outubro de 2010

Eternidade...

Noite serena e calma
em que como tantas outras te esperei
repousava suave a minha alma
mas com tua chegada despertei

Senti teu corpo no meu tocar
ouvi palavras que sussurraste
o beijo fomos encontrar
e na minha alma tocaste

Em teus braços me apertaste
no teu peito encostei minha mente
com carícias me embalaste
e eu adormeci suavemente

Mais um dia iria amanhecer
com as horas para contar
mais uma vez a esperar o anoitecer
para te poder abraçar

Momentos que nunca se esquecem
horas intensas de felicidade
coisas da vida que acontecem
mas que ficam para a eternidade…

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Maybe someday...

Vida humana como uma caixinha de surpresas que quando se abre tanto pode trazer mágicos sorrisos como amargas lágrimas, como um jogo de perdedores ou vencedores em que jogar é o segredo e desistir é batota ou ainda como um teatro com tempo incerto em que no palco dos nossos dias se mostra o que valemos antes que o pano caia.
E é quando a caixinha das surpresas se mostrou negra e se perdeu algo no jogo da vida, que a força interior do ser humano deve ser mais forte que a desistência e enfrentar o palco do futuro enquanto a peça ainda é nossa e o pano não se fecha.
No decurso da vida traçam-se objectivos e sonhos, a vontade de os realizar e alcançar é mais que muita e além de ideias é preciso pô-los em prática porque sonhá-los não basta…
Tudo muito bonito e um mundo maravilha, até ao dia em que a vida nos faz sentir que o céu desaba nas nossas cabeças e o chão nos foge em cada passo que queremos dar… Um misto de desorientação, angústia e desespero apodera-se de nós e deixa-nos as escuras com a certeza de que tudo está perdido…
Perguntamo-nos, eu perguntei-me, muitas vezes o que fazer e se realmente é ali o cruzamento que nos vai fazer optar pela desistência fazendo de nós uns cobardes, ou se vamos optar por viver de forma adaptativa ao que a vida nos proporciona e fazendo com que ela se adapte a nós e as nossas necessidades.
De certa forma, pode-se afirmar que quem sempre teve tudo muito fácil não sabe o que é lutar pelas coisas e muitas vezes limita-se a cruzar os braços porque sabe que mais tarde ou mais cedo tudo lhe vem parar as mãos… Ou não, até ao dia… Por outro lado, quem tem barreiras diárias sabe que só lutando e tendo garra para enfrentar o mundo vai conseguir chegar a algum lado.
A questão agora, é qual destas duas perspectivas sabe realmente o que é viver e o que custa a vida, qual delas pode viver em harmonia consigo mesma por sentir que tudo o que vai conquistando é com esforço e vontade e qual delas já ganhou armadura e habituação para quando os muros forem altos de saltar sem cair.
Tal como toda a gente, também tenho incertezas na vida… Mas tenho a certeza de que a vida é para ser aproveitada e vivida ao máximo extremo… Os últimos seis anos, mas principalmente o último, mostraram-me que cada minuto deve ser vivido intensamente, cada momento aproveitado na hora, que o medo só serve para nos atormentar, que a aventura nos faz bem, que a liberdade se consegue basta deixar acontecer, que o respeito mútuo tem que ser alcançado, que a transparência e sinceridade nos dão orgulho como pessoas e o melhor que tudo são todos aqueles que gostam de nós independentemente dos nossos defeitos ou qualidades.
Foram todo este tipo de sensações que fizeram das minhas últimas férias de verão o ponto máximo da minha liberdade e aquela gostosa sensação de que aproveitei cada dia sem me arrepender de nada do que fiz…
E também não me arrependo de nada do que passei contigo no último mês… Entreguei-me completamente a aventura de te conhecer, a intensidade de cada minuto, a magia de cada palavra, a sedução da tua voz e a vontade de não travar qualquer tipo de momento…
Tu foste a minha última caixinha de surpresas, o meu último jogo que joguei sem fazer batota e a minha última peça de teatro que encenei enquanto o pano não caiu…
Maybe someday…

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ricas férias... Meu querido mês de Agosto...

Agosto já se acabou, Setembro ainda mal começou e o mau tempo já começa a dar um ar da sua graça…
Alguns chuviscos trazidos pelo vento, música suave, o aconchego do meu quarto e muita saudade do que vivi este verão, ingredientes mais que necessários para escrever palavras doces recheadas de boas recordações e momentos que nunca se repetem de igual modo…
Agosto… Agosto… Agosto… Este ano foi um mês mesmo com muito gosto e cada recordação esboça no meu rosto um sorriso não só de saudade bem como de rebeldia por algumas travessuras saudáveis que deram um toque a este mês (lol)…
Verão, calor, emoções e vontades a flor da pele, rebeldia a querer transparecer, adrenalina a subir e todas as formas de me sentir livre foram aproveitadas… Desde Junho, que os fins-de-semana tinham sempre marcada na agenda ida a um rio que me viu crescer e que muito de mim vai ficando lá de ano para ano… Mas o mais marcante nesse rio este ano, não foram apenas os fins-de-semana habituais mas sim as sete fabulásticas tardes que se passaram lá desde catorze a vinte de Agosto… Nesta semana sim, posso dizer que quis perder completamente a noção dos meus limites e sentir emoções que já não sentia há muito… E perdi tanto a noção que acabei a semana com um corte na palma da mão, um joelho todo esfolado, outro joelho tão negro que até metia dó e um corte no pé!! E como é que eu fiz tanto desastre?! (lol) Fácil!! Com tanto salto aéreo para a água, com tanto salto colectivo e com tanta subida e descida do meu barco tinha que dar nisto!! O engraçado é que só dava conta dos desastres no dia seguinte quando acordava toda partida!! (lol) Certo é que me diverti muito e aquele brutal pedragulho de onde magníficos mergulhos se deram já deixa saudade e fica marcado por um grupo de amigos onde o português, o francês e o inglês se uniram e souberam aproveitar cada momento ao máximo esquecendo os problemas e fazendo da vida uma alegria que nem sempre é possível…
Mas este grupo tão cheio de vontade de não parar, não deixou só rasto pelas águas doces e deu continuidade a brincadeiras espalhando gargalhadas e boa disposição pelas ruas e explanadas de tão grandiosa aldeia de Trás-os-Montes onde todo o grupo tem as suas raízes. E como não podia deixar de ser, esta tão grandiosa aldeia não é excepção e abraçou todos os que quiseram habitá-la por dias ansiando a festa da terrinha que tanto tem para contar… é verdade!!! Não sou adepta de música pimba mas confesso que dancei umas boas músicas e me diverti a grande… (lol) E não, não pensem que já estava quentinha porque eu só bebo água!! (;-P) Por acaso aqueles xots e aquelas vodkas pretas estavam bem fixes!!! Ups!! Eu não experimentei!! Estou só a sopor!! (llooll)
Sim, na verdade há algo mais para contar porque estes dias não são apenas recordados pela boa vida de um grupo altamente fabulástico mas também por momentos especiais que me fizeram sentir especial… Mas sobre estes momentos especiais, já falei na minha última publicação e o desenrolar e os pormenores apenas vão ficar no coração das memórias…
E pronto, para o ano espera-se que haja mais e que tal mistura de idiomas se volte a juntar e que bons momentos se passem novamente. Depois da festa, foi altura de cada um de nós regressar ao seu país ou cidade.
Mas eu não me fico por aqui e ainda tenho mais história para contar… Sim, porque as minhas férias não findaram aqui e rumaram ao sul… O destino era a praia e um lugar que eu sabia que me ia fazer lembrar de muita coisa que já tinha deixado para trás e que fazia parte de um passado recente… É sempre assim, cada vez que todos os anos saio da minha cidade para ir para a praia, já sei que vão ser dias em que as minhas memórias vêm ao de cima e revolucionam toda a minha alma e todas as marcas deixadas por momentos e pessoas…
Este ano, ao deixar o intenso cheiro a marzia percorrer todas as minhas vias respiratórias, senti uma sensação de paz mas ao mesmo tempo de angústia. O barulhento vai e vem das ondas, trazia-me e levava-me sempre as mesmas recordações. E aquele manto salgado que me envolveu quando entrei no mar, fez-me desejar sarar todas as feridas e limpar o meu coração de tudo o que o meu passado o havia sujado…
Pois é, estes três últimos anos estão abarrotados de memórias que tanto me fazem rir como chorar… Três anos de vida académica sem palavras para serem descritos… A única coisa que consigo escrever neste momento é que foram uns dos melhores anos da minha vida e se me dessem oportunidade de os repetir era já. Foram as melhores noitadas da minha vida com pessoas fantásticas que em tudo me ajudaram e que espero nunca perder… Um curso exigente e intenso mas que foi conseguido e segundo confirma o meu certificado, sou Licenciada em Psicologia!! Mas como nem tudo corre como queremos, em contrapartida, estes três últimos anos são também marcados por desilusões… Uma dessas desilusões, perseguiu-me durante meses e lá que doeu isso doeu. Aliás, a palavra doer até é pouco, muito pouco, para definir o que senti e passei durante alguns meses deste último ano…
Mas voltando as ricas férias a beira mar, afirmo que foi uma semaninha muito bem passada na companhia de pessoas que queria ter do meu lado e que tive. Descanso, passeio, praia, boa vida e na companhia de pessoas que valem mais que muito para mim…
Depois de tudo, o fim chegou e a hora do regresso a casa foi inevitável. O conforto do lar também faz falta por mais que se tenham saudades do que ficou com o passar do tempo.
Agora, ficam as memórias, os momentos, os sorrisos, as lágrimas da despedida e a certeza de que tudo foi aproveitado ao máximo e de que cada minuto foi vivido como que se não houvesse amanhã.
É assim que a vida tem que ser, aproveitada ao extremo e viver cada minuto intensamente como que se fosse o último…
Há duas frases que gosto muito e que não me canso de referir:
“Arrepende-te só do que não fazes”
“Os bons momentos nunca se repetem”

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Au revoir Julien... Reviens vite...

Há uma semana que respiro outros ares, um ar que não o da minha cidade, que não o da minha casa e muito menos o do meu quarto… Mas um ar que também em tudo é familiar uma vez que estou na terra que me viu nascer…
A última semana tem sido cheia de aventura e ao mesmo tempo com uma intensidade brutal…
Hoje, senti mesmo aquela necessidade de parar, pensar e perceber que o tempo tão depressa se encarrega de separar pessoas como tão depressa se encarrega de voltar a cruzar caminhos já antes vividos…
Desde há mais ou menos três semanas que muito já se recuou no tempo e se recordou a infância em que idiomas como o Português e o Francês se misturaram em brincadeiras e travessuras… Mas a mais mágica mistura deu-se nos últimos quatro dias, as recordações deram lugar a um olhar azul inesquecível que atentamente observava, a sorrisos envergonhados, a troca de palavras com timidez, provocações, códigos de assobiadelas e muita gargalhada por figuras tristes na tentativa de aproximação…
Mas todo o ridículo faz sentido quando a aproximação é conseguida e vale a pena… Só é pena que o tempo tenha passado tão depressa e que a esta hora os caminhos novamente cruzados se tenham separado outra vez e os mais que muitos quilómetros já se façam sentir com saudade…
Au revoir Julien… Reviens vite…

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Desabafos de uma Tuga...

Regresso em poucos dias… Pois é… Ainda na sexta-feira a noite escrevia neste blog coisas maravilhosas da vida e hoje (segunda-feira) venho com vontade de partir tudo porque tal como qualquer ser humano não sou de ferro e o meu saco também enche e explode. E hoje, vai explodir neste blog ao som de músicas mais que explosivas de “Queen of the dammed”. Sim, eu estou a ouvir música desta!!! Porque já que vivemos num país em que não tarda nada sai uma lei a permitir que se mate o próximo porque não acontece nada e outra lei que permita aos nossos médicos incompetentes não só deixar os portugueses bater as botas, bem como aumentar a comunidade invisual por cobardia, incompetência ou ainda com o uso de medicamentos que são tiro e queda, também me é permitido a mim sair da regra e ouvir música denominada por muita gente como “estraga colunas” ou ainda “música de malucos”. Aviso desde já também, que não me responsabilizo por qualquer entusiasmo da minha parte que me faça soltar um palavrão, sim, convém avisar porque há mentes que pensam ser mais puras que outras e que abrem logo a bocanha com expressão de espanto quando ouvem dizer algo como por exemplo: “esta *erda” mas que no fim das contas feitas são mais impuras do que quem diz palavrões.
E apetece-me começar a esmiuçar a saúde em Portugal que de dia para dia vai ganhando um cantinho especial no coração dos portugueses… Só se for no coração daqueles que quase morrem de ataque cardíaco quando acordam de operações e não vêm nada a frente e pensam que morreram e estão em viagem no dito túnel escuro em que desesperados procuram a luz ao fundo… Não é nada disso tugas!!! Vocês não morreram, simplesmente vos mataram os olhos!!! Mas que é esta *erda *aralho?!! Ups, peço desculpa pelos palavrões impuros, foi o entusiasmo.
É também moda na medicina portuguesa, entrar um pobre tuga nas ainda mais pobres urgências de um qualquer hospital, já quase a ganhar umas asas de anjinho e a caminho do céu e que depois de visto por um médico atencioso e que se nota na China que é entendido e que gosta do que faz, é mandado para casa porque aquilo passa. Como é óbvio não passa, porque ao contrário do que muitos pensam, quando um tuga se queixa e se sujeita a passar horas a fio numas urgências a espera de ser atendido é porque realmente tem algo que não se deve ignorar até se ter a certeza que não é maligno para o doente. E depois de ter passado por hospitais e centros de saúde em que por quatro vezes disseram a este pobre tuga que era uma constipaçãozita e que passava, foi-lhe detectada Gripe A que já o tinha com um pé na terra e outro no céu!!! *oda-se!!! Mas que condições de saúde nos oferece o nosso país afinal?
E estes exemplos são ainda recentes, sim, porque eu gosto de ver o noticiário e estar informada, só é pena que as informações sejam deste tipo e façam cair mal as refeições (porque as minhas refeições coincidem com as horas do noticiário).
Outro sarilho que faz bum na minha cabeça é a nossa justiça. Quer dizer… Esperem lá… As vezes interrogo-me se nós temos justiça!!! Ups!!! Já estava a cometer um erro!!!
Pois é, para mal da segurança dos tugas vivemos num país em que qualquer dia em vez de se distribuírem apertos de mão se distribuem mas é balas e em vez de se apostar na taxa de natalidade aposta-se mas é em actos heróicos de mães que têm a amabilidade de matar os seus bebés. E os processos judiciais que se arrastam durante anos feito caracóis pegajosos para depois não darem em nada e tudo sair livre que nem passarinhos como que se não tivessem sido responsáveis por actos de abuso sexual a menores, violações, violência doméstica e assassinatos?!!
E depois queixam-se que a criançada de hoje em dia já nasce a ser mal educada e a destruir tudo o que encontram a frente!!! Com exemplos destes a passarem-lhes a frente dos olhos todos os dias queriam o quê?! Que as criancinhas brincassem com bonecas, jogassem ao pião, saltassem a corda ou elástico e fizessem boas acções?! Isso era no meu tempo em que quando partia um prato já tinha logo direito a sermão com missa cantada. Agora as criancinhas gostam mais de joguinhos de luta e sangue que determinados paizinhos gostam de comprar aos filhinhos para não se ficarem a trás dos amiguinhos que já têm a colecção toda do super parte tudo e do herói que mata todos. Que tristeza. Se lhes dessem mas é educação.
Hoje em dia já não há nada de sermão com missa cantada uma vez que há pais que querem ser tão modernos que quando vão a um restaurante com os filhotes se eles destruírem tudo ainda lhes acham piada e dizem: “oh são crianças precisam de andar a vontade”. Ai que nervos me sobem pela espinha acima agora!!! Só me ocorre dizer que na sociedade de hoje se criam pequenos terroristas e não criancinhas de bochechinhas que dão vontade de apertar com tanta doçura que transmitem. Mas há ainda o cúmulo da modernice, ou burrice não sei bem, que é permitirem que filhos de quatro anos tenham hi5 e derivados e depois admiram-se que fiquem expostos a papões de criancinhas!!!
E a descriminação? Para não variar e como é lógico o nosso país não se fica a trás neste campo também!!! Ah pois é!!! Ou é porque uns são amarelos e outros cor-de-rosa, ou é porque uns são da aldeia e outros nasceram num berço de ouro, porque uns são médicos e outros cavam a terra todos os dias, porque uns são portadores de deficiência e outros acham-se a beleza em pessoa, o certo é que a sociedade se esquece que todos somos seres humanos que nascemos e morremos sem ninguém ficar cá para semente.
Pegando num termo que usei em cima, portadores de deficiência, temo dizer que a mente social de hoje em dia deixa muito a desejar e chega mesmo a ser falsa mostrando respeito na frente destes portadores mas se for preciso nas costas usam expressões do género: “coitado/a”, “incapacitado/a que queria trabalhar como os outros”… Para começar estes seres humanos não precisam que tenham pena deles, precisam sim de apoios conforme as suas necessidades, precisam de respeito e não de serem postos de parte e acima de tudo precisam de oportunidades na sociedade porque são tão ou mais capazes do que muita gentinha que ocupa postos de trabalho e só aquecem o lugar e enchem os bolsos porque a competência e eficiência ficaram na primeira classe. Só quem passa por elas é que sente na pele o que acabei de dizer…
E como hoje estou inspirada e a arder com esta explosão de palavras, queria também falar da mais que elevada quantidade de hectares que andam a arder no nosso país. Na verdade está um calor abrasador e qualquer coisinha serve para ser ponto causador de tanto fogo. Mas é verdade também que a hipótese de fogo posto nunca fica de parte. Com fogo posto ou não é de louvar o trabalho feito pelos nossos bombeiros que arriscam a vida, e muitas vezes com equipamentos precários, para salvar populações em risco. Infelizmente as coisas nem sempre correm bem e estes Heróis morrem no combate as chamas como acabou de acontecer num incêndio em São Pedro do Sul.
Para último lugar deixei um assunto que me faz dar duas voltas ao elástico, os papagaios do poder… Pois é, o nosso país está cada vez mais enterrado e de tanto apertar o cinto daqui a pouco anda tudo a vomitar o estômago e companhia pela boca. Mas o que ainda não me saiu da cabeça foi quando há umas semanas vi no noticiário uma jornalista andar nas ruas a interrogar os tugas no que diz respeito ao nosso país em que a questão era algo do género: “se o primeiro ministro pedisse aos portugueses uma contribuiçãozinha para levantarmos o país, contribuía?” era mais ou menos desta forma que foi colocada a questão. E quando eu pensava que as respostas fossem todas pesar para o mesmo lado, fiquei abismada quando ouvi pessoas dizerem que não se importavam de contribuir com uma ajudinha!!! Bem, afinal há gente que das duas uma, ou tem uma piscina em casa cheia de notas e nada nelas ou disse aquilo para fazer boa figurinha perante as câmaras!!! Mas eu gostei especialmente daquelas pessoas, grandes pessoas, que disseram que já não basta subir tudo menos os ordenados que ainda tínhamos que ser nós, o pobre do povo, a ajudar o Senhor primeiro ministro a levantar o país, ele que se desenrasque que o povo faz o mesmo e é se quer sobreviver!!!
Perante tão longa escrita, afirmo que ninguém é perfeito e como não podia deixar de ser eu não sou excepção. Mas afirmo também que talvez seja mais que tempo de que já que não somos perfeitos, se comece a construir o caminho para essa perfeição em vez de andarmos aqui por andar, de termos que pisar os outros para chegarmos aos nossos objectivos, de termos que usar caminhos sujos para obtermos riqueza e de andarmos as turras por *erdas ridículas que não levam a lado nenhum…
Quanto aos nossos médicos, Juízes Políticos, sejam competentes, mostrem serviço e não sirvam apenas para encher os bolsos porque o país depende de vocês…
Hello!!! Acorda Mikas!!!! O mundo perfeito não existe nem vai existir porque a sociedade gosta é de escândalos, de futilidades e de ser sempre mais que os outros…
*odam-se estas mentalidades…