segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Há dias, em que as vezes, dou comigo a pensar quantas vidas tem a vida e que sentido lhes dar… Tem dias, em que o dia teima em não querer chegar ao fim e no fim das contas feitas nada fica para contar, apenas a vontade de fugir e esconder-me como um bicho amedrontado
Entre este céu e o chão, entre este chão e o mar, entre o que sou e o que quero ser ainda muita coisa vai acontecer, ainda muito vou aprender, sofrer, chorar, rir, lutar e escolher… Escolher se vou ficar ou partir… Ficar acorrentada a uma marca deixada pelo meu passado e que dói de todas as vezes que tento dar um passo que requer independência e não posso, ou partir sem olhar para trás e pensar que Deus ainda tem algo bom guardado para mim…
No lugar que chamo quarto, com paredes de esperança, cada sonho é como um grito com vontade de lutar, cada grito é como uma força com vontade de se libertar, cada palavra escrita é como uma lágrima que corre e cada lágrima é como um sorriso que procura felicidade.
Todos os dias tento abraçar o meu interior, mas todos os dias me pergunto se na minha vida não haverão coisas que são simplesmente perda de tempo… Vejo-me a mim e ao mundo a desejar tudo e mais alguma coisa, sinto que falta sempre algo dentro de nós por mais bem pouco que seja…
Muitas vezes vou caindo sem me aperceber, quando me dou conta já bati bem lá no fundo e o regresso à sobrevivência transforma-se num autêntico campo de batalha entre mim e a solidão… Tem momentos em que a luz brilha no meu ser e parece que vem para ficar, mas pouco depois essa luz é apagada e sinto que a única coisa que me resta é o último lugar na plateia do olhar do munO último lugar é meu...

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